revista PLACAR de outubro  de 2025 já está disponível. A edição 1528 tem duas grandes entrevistas com atletas convocados para a seleção brasileira: o goleiro Hugo Souza, do Corinthians, e o zagueiro Fabrício Bruno, do Cruzeiro.

A versão digital já está disponível para assinantes (clique aqui e vire membro). A versão física estará à venda em nossa loja a partir do dia 8 e chega às bancas de todo o país a partir do dia 11 de outubro.

Hugo Souza é o destaque de capa. Aos 26 anos, o goleiro carioca diz ter encontrado a paz no Corinthians, a quem fez juras de amor eterno. “Foi um casamento perfeito, porque acredito que precisávamos um do outro – eu ainda mais do Corinthians, obviamente”, afirmou, na entrevista exclusiva aos repórteres Klaus Richmond e Enrico Benevenutti.

O novo ídolo alvinegro disse ter abolido a cor verde (exceto nos uniformes da seleção) e disse que jamais jogaria no rival Palmeiras, diferentemente do que fez seu antecessor Carlos Miguel.

“As pessoas dizem que nunca sabem o dia de amanhã, mas quando você cria amor por uma camisa, cria também um respeito muito grande. Eu estava no pior momento da minha carreira quando o Corinthians me encontrou, e foi aí que pude viver o melhor período de todos. Eu não sei se vou ficar aqui mais dez anos, se vou sair mais para a frente, nem para onde minha carreira vai me levar, mas para mim é sobre lealdade. Vou um pouco além: é espiritual”, afirmou Hugo.

O zagueiro Fabrício Bruno, por sua vez, rejeitou a fama de de marrento e disse sonhar com Copa do Mundo, em papo com os repórteres André Avelar e Guilherme Azevedo. “Meu jeito é ser muito sincero e transparente. Isso, no futebol, talvez seja difícil, porque as pessoas gostam muito de maquiar as coisas. E não sou assim e nunca vou ser. Estou com 29 anos e, até o final da minha carreira, será assim. A minha vontade de vencer é muito grande. Então, confundem sinceridade com soberba.”

“Sei que até a Copa do Mundo muita água ainda vai passar por baixo da ponte. Evidentemente, esse é um sonho que eu tenho e sigo trabalhando para conquistar”, afirmou um dos destaques do Cruzeiro no Brasileirão, novamente presente na lista de Ancelotti para os amistosos contra Coreia do Sul e Japão.

Evaristo de Macedo, Ketlen e mais destaques

A PLACAR de outubro traz outras entrevistas e perfis saborosos. Aos 92 anos, a lenda do futebol brasileir Evaristo de Macedo abriu sua casa no Rio de Janeiro e relembrou divertidas histórias dos tempos de artilheiro (ídolo de Flamengo, Barcelona e Real Madrid) e treinador.

Evaristo disse se divertir com as histórias sobre ele constantemente contadas por seus comandados.  “É bom, ser lembrado é sempre muito bom. A gente não pode impedir alguém de completar anos, de crescer, então acho fantástico não me esquecerem de jeito nenhum”, disse. “Eu tive uma vida tranquila. E espero continuar assim por mais um tempo. Sei que não sou eterno, infelizmente uma hora vou me despedir. Mas será satisfeito com aquilo que eu fiz.”

A atacante Ketlen, maior goleadora da história do Santos, foi outra a abrir o coração em um papo exclusivo. Aos 33 anos, a autora de 207 gols em 363 jogos pelas Sereias da Vila se prepara para um novo e almejado desafio: o de se tornar mãe. “Eu sempre sonhei com isso”, contou a atleta, que superou um diagnóstico de epilepsia e a dor de um rebaixamento.

A revista traz ainda os perfis de Elias Duba, o Poderoso Chefão do Madureira, e Davi Zaqueo, o faz-tudo que virou técnico do Tanabi, além de uma reportagem especial sobre como o esporte mais popular
do mundo só vê aumentar as redes de parcerias multiclubes, como as de John Textor.

A seção prorrogação conta com uma homenagem a Luís Fernando Veríssimo, trecho da biografia de Sérgio Clérice, brasileiro com mais gols na Itália, e o Time dos Sonhos do ex-atacante Luizão.  O escritor gaúcho Eduardo Krause assina a coluna do mês, narrando seu amor pelo Grêmio e saudades do estádio Olímpico.

Confira, abaixo, a carta ao leitor desta edição:

Time de craques-operários

Afinal, é mesmo justa a ausência de Neymar da seleção brasileira? O assunto em voga entre torcedores, jornalistas e até mesmo por quem não acompanha tanto futebol foi um só no começo de setembro. E ganhou ainda mais barulho no fim do
mês pelo novo problema do atacante, agora afastado por causa de uma lesão muscular. O maior artilheiro da história da camisa canarinho já merecia ter retornado? Reunirá condições físicas até a Copa, daqui a nove meses? Ou os feitos dos tempos de Barcelona e PSG validam a convocação por si só?

A resposta vista nos primeiros testes de Carlo Ancelotti – principalmente na vitória diante do Chile, nas Eliminatórias – acentua ainda mais a discussão, uma vez que os “operários” Raphinha,
Estêvão, João Pedro, Martinelli, Bruno Guimarães e tantos outros entregaram muito. Bons argumentos não faltariam para ambos os lados. Na própria redação de PLACAR, há opiniões distintas sobre o aproveitamento do camisa 10 do Santos.

A montagem da edição que leva o goleiro Hugo Souza como “o cara”, personagem escolhido para a reportagem de capa, em entrevista exclusiva no CT Joaquim Grava concedida aos repórteres Enrico Benevenutti e Klaus Richmond, além do repórter-fotográfico Alexandre Battibugli, foi uma tarefa metaforicamente parecida com a discussão que permeia a nossa seleção.

Também sofremos por causa de um desfalque de peso, que não pôde ser convocado: o redator-chefe Luiz Felipe Castro, cortado da lista para, ao lado da esposa Nathália, cumprir a nobre missão de serem pais pela primeira vez. O camisa 10 (ou 14, como ele gosta mais) ficou fora. Embora sempre presente nos bastidores para dúvidas – entre broncas da companheira, trocas de fraldas e choros de madrugada –, coube aos “operários” do jornalismo a missão de fechar a revista mais longeva da América Latina. E mais amada do Brasil.

Com ou sem Neymar (com ou sem Luiz), a seleção (a PLACAR) sempre será sinônimo de bom futebol (bom jornalismo) para o torcedor – o sarrafo é alto. Por isso, formamos um time ainda mais brigador. Aquele em que jogadores correm uns  pelos outros para entregar os resultados, sabe? Lutam por cada jogada, usam e abusam dos carrinhos, para que a missão de fazer grandes reportagens pudesse ser cumprida. E foi.

A edição 1528 é um trabalho de fôlego repleto de matérias especiais, como a entrevista com a lenda Evaristo de Macedo, no Rio de Janeiro; o saboroso perfil do zagueiro-xerifão Fabrício Bruno, do Cruzeiro; o curioso caso de Elias Duba, mandachuva do Madureira há 33 anos; a comovente história do técnico Davi Zaqueo, de zelador a herói em Tanabi; a linda experiência de vida da mamãe-artilheira Ketlen, do Santos.

Todas contadas com sacrifício e gotas de suor derramado. Além do trio já citado no papo com Hugo, foram peças fundamentais nomes como os repórteres André Avelar e Guilherme Azevedo e o editor de arte LE Ratto, que deram o toque de qualidade ao meio-campo do time.

Na retaguarda, o mago das estatísticas Rodolfo Rodrigues e o fotógrafo Kaio Lakaio, peça-chave nas pesquisas de imagens e acervo, além dos marcadores implacáveis Renato Bacci e Gabriel Gama (revisor e checador). Heloísa Vasilian é quem dá o toque de juventude ao time.

Cada um com participação importante para que a edição saísse do forno. Fica, depois de tudo isso, a saborosa sensação de dever cumprido – e muito bem cumprido. Afinal, futebol se vence com 11 em campo, não é? Então um viva aos operários.